O Itaú Unibanco reduziu sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano de 2,2% para 1,8%.

Segundo a Pesquisa Macroeconômica da instituição, assinada pelo economista-chefe Mario Mesquita, a mudança na expectativa ocorre pelos sinais de arrefecimento da atividade econômica do primeiro semestre de 2020.

Além disso, aponta o documento, a desaceleração da economia global também pesou nos cálculos para a expansão do PIB nacional.

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Para 2021, não houve alteração na expectativa da equipe econômica do banco. Segundo o relatório, a expectativa aponta para crescimento de 3%.

Como consequência da menor projeção para o PIB, as estimativas do Itaú Unibanco para o déficit primário passaram de 1% para 1,1% do PIB em 200.

O mesmo indicador para 2021 sofreu alteração, diferente da estimativa de expansão da atividade econômica. O documento informa uma mudança de 0,5% para 0,6% do PIB no ano que vem.

A previsão para a inflação deste ano foi mantida em 3,3%. Para o 2021, não houve alteração e continua em 3,5%.

O banco avalia ainda que taxa básica de juros Selic deve encerrar 2020 em 3.75%.

O afrouxamento monetário, na visão da equipe de Mesquita, poderá ser o próximo passo do Banco Central, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de maio, para diminuir o impacto do coronavírus na economia nacional.