O Itaú Unibanco está planejando fechar até 400 agências no país para adequar à migração das transações bancárias de clientes para canais eletrônicos e ampliar a rentabilidade, afirmaram à Reuters duas fontes com conhecimento do assunto. Segundo a reportagem, a redução chega a aproximadamente 10% dos pontos físicos e deve ser divida em dois processos, sendo metade em até 12 meses e o restante no ano seguinte.

O Itaú Unibanco é o maior banco privado do Brasil e mantém 4,2 mil pontos físicos, incluindo agências e postos de atendimento, e aproximadamente 100 mil funcionários,  segundo dados da própria entidade, até o fim de março.

Procurara pela Reuters, o banco não comentou as informações, mas afirmou em nota que “a redução do número de unidades físicas é um movimento de reposicionamento da rede de agências, coerente com as novas necessidades dos clientes e o aumento da procura por atendimento em outros canais como internet, celular e agências digitais”.

Apesar de não confirmar o fechamento, o Itaú Unibanco já avisou funcionários sobre planos de encerramentos de atividades, indicando que deve aproveitar parte dos trabalhadores nas agências digitais, afirmou uma das fontes à reportagem. No fim de março, o grupo tinha 195 dessas agências digitais em funcionamento, 35 a mais do que um ano antes.

O sindicato dos bancários Contraf-CUT afirmou que irá acompanhar a movimentação do banco e buscará a realocação dos trabalhadores. De acordo com a entidade, desde o início deste ano, o Itaú Unibanco fechou 77 agências e outras 57 unidades serão encerradas até 3 de junho.

Segundo a Reuters, a ação visa adaptar o Itaú Unibanco ao contínuo crescimento de transações bancárias e atendimento via mobile, além de sustentar os atuais níveis de rentabilidade do banco. O movimento também é uma resposta do banco ao crescimento de fintechs, que com o apoio do Banco Central estão invadindo o lucrativo mercado dos grandes bancos com serviços semelhantes e com taxas menores.