O Ministério das Relações Exteriores confirmou, na tarde desta quinta-feira (9), a morte do brasileiro André Luis Hack Bahi, de 44 anos, na guerra da Ucrânia. 

O gaúcho era pai de sete filhos e fazia parte da Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia. Segundo a família, ele morreu após socorrer duas pessoas no último sábado (4) em um bombardeio na região de Sieverodonetsk, no leste do país. 

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Em nota, o Itamaraty disse que ele morreu “em decorrência do conflito naquele país e mantém contato com familiares para prestar-lhes toda a assistência cabível”. O órgão também reforçou que desaconselha deslocamento de brasileiros para a Ucrânia enquanto não houver condições de segurança no país. Leia a nota completa abaixo.   

A irmã de André, Letícia Hack Bahi, contou ao G1 que falou pela última vez com o irmão por chamada de vídeo no dia das mães, no último dia 8 de maio. Depois disso ela disse que manteve contato somente pelo Instagram. 

Registros de combates na internet 

André fez parte do primeiro grupo de brasileiros que foram defender o território ucraniano após o início da invasão russa, no fim de fevereiro. Em sua conta no Instagram ele costumava postar diversas fotos e vídeos no campo de batalha. 

No começo do mês de março e na companhia dos brasileiros Leanderson Paulino, André Kirvaitis, Bahi participou e registrou a chegada na capital da Ucrânia, Kiev, em meio a um cerco russo. 

Confira a nota do Itamaraty na íntegra

O Ministério das Relações Exteriores recebeu, por meio da Embaixada do Brasil em Kiev, confirmação do falecimento de nacional brasileiro em território ucraniano em decorrência do conflito naquele país e mantém contato com familiares para prestar-lhes toda a assistência cabível, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local.

Assim como tem feito desde o começo do conflito, o Itamaraty continua a desaconselhar enfaticamente deslocamentos de brasileiros à Ucrânia, enquanto não houver condições de segurança suficientes no país.

Ressalte-se que, em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, mais informações poderão ser repassadas somente mediante autorização dos envolvidos ou de seus familiares diretos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros.