O governo italiano está assumindo o controle do Monte dei Paschi di Siena e tentará relançar o banco mais antigo do mundo em um plano que inclui a eliminação de 28,6 bilhões de euros em empréstimos de má qualidade.

Ao detalhar o plano nesta quarta-feira, o CEO do Monte dei Paschi, Marco Morelli, afirmou que a disposição dos empréstimos de má qualidade era “a questão mais relevante” na aprovação da Comissão Europeia nesta semana do plano de resgate, elaborado no ano passado. O governo italiano injetará 5,4 bilhões de euros no banco, o que lhe dará uma participação de 70%.

Essa será a terceira injeção de capital no Montei de Paschi nos últimos anos, com a instituição se esforçando para se recuperar de uma má gestão e de uma série de empréstimos de má qualidade que se agravaram durante a crise econômica da Itália.

Sob o plano que envolve os empréstimos de má qualidade, 26,1 bilhões de euros seriam vendidos em 21% do valor contábil bruto, a grande maioria do fundo Atlante II, organizado pelo governo, enquanto o banco retém 5%. Os 2,5 bilhões de euros restantes serão dispostos em um procedimento separado.

O plano prevê um lucro líquido acima de 1,2 bilhão de euros até 2021, à medida que o banco se reorienta para clientes de varejo e pequenas empresas. Durante o período, o banco será submetido a controles de custo rigorosos, limitando o pagamento executivo superior, reduzindo os funcionários e fechando agências à medida que ele se move em direção à era digital.

“O objetivo do governo é recuperar proativamente o que perdemos, agora que podemos operar em um conjunto claro de regras sobre o que o banco precisa fazer em sua estrutura de capital e nas provisões de liquidez, disse Morelli. Para ele, o plano é um “marco importante no processo de retorno a um caminho de crescimento”, mas acrescentou que o processo seria necessariamente lento. Fonte: Associated Press.