As autoridades penitenciárias israelenses anunciaram, neste domingo (17), a próxima vacinação contra a covid-19 para todos os seus prisioneiros, incluindo os palestinos, após vários pedidos da Justiça, de ONGs e autoridades palestinas.

O ministro israelense de Segurança Pública, Amir Ohana, sugeriu recentemente que os prisioneiros não fossem vacinados, apesar de estar lançando um dispositivo de vacinação em todo o país. Uma medida que o procurador-geral, Avichai Mandelblit, chamou de “ilegal”, segundo a imprensa local.

Autoridades palestinas e ONGs pediram a Israel que vacinasse os 4.400 palestinos detidos nas prisões israelenses, dos quais ao menos 250 contraíram a covid-19, segundo dados do Clube de Prisioneiros Palestinos.

Neste domingo, as autoridades penitenciárias israelenses indicaram em um comunicado “que após a vacinação da equipe (…), as vacinações dos detidos começarão nas prisões”.

“Isso abrange todos os prisioneiros, sem distinção”, confirmou à AFP uma porta-voz da administração penitenciária. A aplicação das doses começará nesta semana, acrescentou.

“A ocupação (termo utilizado pelos palestinos para nomear Israel) tem a obrigação de fornecer vacinas aos prisioneiros”, declarou Hazem Qassem, porta-voz do Hamas.

O movimento islâmico palestino, no poder na Faixa de Gaza, acusa as autoridades israelenses de “negligência deliberada”.