Israel isentou os viajantes da Arábia Saudita da quarentena para entrar em seu território, um dia após a divulgação de notícias sobre uma visita secreta do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

O ministério da Saúde israelense acrescentou este país do Golfo em sua curta lista de países isentos, afirmando que essa medida não está relacionada com a visita secreta de Netanyahu no domingo à noite ao noroeste da Arábia Saudita, onde se encontrou com o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman, de acordo com fontes israelenses.

“Na lista anterior, a Arábia Saudita estava em vermelho. A taxa de mortalidade (pelo coronavírus) diminuiu, (o país) se encontra atualmente no verde”, disse nesta terça-feira o diretor-geral do ministério da Saúde, Hezi Levi.

“Este procedimento é muito simples e a lista se atualiza a cada duas semanas”, disse à rádio pública Kan e acrescentou que “isso não tem nada a ver com a visita de quem quer que seja ao país”.

No entanto, se o reino saudita não estivesse incluído na lista de 20 países atualmente considerados “verdes”, o primeiro-ministro Netanyahu, tecnicamente, deveria ter cumprido uma quarentena de 14 dias após seu retorno ao território israelense.

De acordo com a imprensa de Israel, Netanyahu voou no domingo à noite em um jet privado junto com Yossi Cohen, chefe do Mossad – serviço de inteligência externa israelense -, para a cidade futurista saudita de Neom, confirmou à AFP uma fonte governamental.