Por Lisa Barrington e Jonathan Saul e Dan Williams

DUBAI (Reuters) – Um cidadão britânico e um romeno foram mortos depois que uma embarcação petroleira de administração israelense foi atacada na quinta-feira na costa de Omã, afirmou a empresa nesta sexta-feira, em um incidente que foi considerado pelo ministro das Relações Exteriores de Israel como de responsabilidade do Irã, e que, segundo ele, merece uma resposta dura.

Há explicações diferentes para o que aconteceu ao Mercer Street, navio de bandeira liberiana e de propriedade japonesa. A administradora israelense Zodiac Maritime descreveu o incidente como “suspeita de pirataria”, e uma fonte do Centro de Segurança Marítima de Omã como um acidente que aconteceu fora de águas territoriais do país.

Irã e Israel trocam acusações de ataques mútuos a embarcações nos últimos meses, e o ministro de Relações Exteriores israelense, Yair Lapid, disse que afirmou ao secretário britânico de Relações Exteriores sobre a necessidade de uma resposta dura ao incidente no qual dois membros da tripulação, um britânico e um romeno, foram mortos.

“O Irã não é apenas um problema de Israel, mas é um exportador de terrorismo, destruição e instabilidade que nos prejudica como um todo. O mundo não pode ficar em silêncio diante do terrorismo iraniano que também prejudica a liberdade nos transportes marítimos”, disse Lapid em um comunicado.

Fontes dos Estados Unidos e da Europa familiarizadas com informações de inteligência disseram que o Irã é o principal suspeito pela autoria do incidente, que, segundo uma autoridade de Defesa norte-americana, parece ter sido conduzido por um drone, mas ressaltaram que seus governos estão buscando evidências conclusivas.

A emissora de TV Al Alam, canal do governo iraniano em língua árabe, citou fontes anônimas que disseram que o ataque ao navio aconteceu como resposta a um suposto ataque não especificado de Israel ao aeroporto de Dabaa, na Síria.

Não houve uma reação imediata oficial do governo iraniano sobre sua suposta participação no episódio.

(Reportagem de Lisa Barrington e Maher Chmaytelli, em Dubai; Jonathan Saul, em Londres; e Dan Williams, em Jerusalém)