Autoridades israelenses aprovaram a construção de cerca de 1.800 habitações na Cisjordânia ocupada, informou o Ministério da Defesa nesta quinta-feira (27).

“O Conselho superior de planejamento da administração civil na Judeia-Samaria (nome que o governo israelense dá à Cisjordânia) concordou com a construção de cerca de 1.800 casas”, afirmou o ministério em comunicado.

“Não esperamos, agimos. Não daremos um centímetro da terra de Israel aos árabes, mas para isso, temos que construir”, declarou em comunicado o ministro da Defesa, Naftalí Bennett, de extrema direita.

A ONG “Paz Agora” informou que no total 1.739 casas estão planejadas, 92% no centro da Cisjordânia.

É a segunda maior construção habitacional anunciada nos últimos dias, depois que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, informou na terça-feira (25) sobre a construção de outras 3.500 casas em uma parte altamente sensível da Cisjordânia.

A comunidade internacional alertou repetidamente que a construção de colônias judaicas no chamado corredor E1, que liga Jerusalém a Jericó, dividirá a Cisjordânia em duas e comprometerá a continuidade terrestre do futuro Estado palestino.

Israel realiza eleições gerais em 2 de março. A coalizão de extrema direita Yemina do ministro da Defesa, e o Likud de Netanyahu disputam os votos de mais de 600.000 colonos.