Segundo um cálculo realizado pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), mais de 15 milhões de brasileiros estariam isentos do Imposto de Renda, em relação ao ano calendário 2022, se a tabela fosse corrigida pela inflação acumulada desde 1996.

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A pesquisa feita pela Unafisco mostra que os trabalhadores que ganham até R$ 4400 não pagariam o IR. Mas a realidade é outra. Hoje, a isenção só vale para quem ganha até R$ 1.903,98.

Segundo a Associação, a Receita Federal cobrará da população brasileira, neste ano, R$ 149 bilhões acima do valor que deveria ser cobrado, caso a tabela do IRPF contasse com um reajuste integral pela inflação desde 1996.

Vale destacar que, durante a campanha eleitoral de 2018, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que iria aumentar a faixa de isenção para quem ganha até R$ 5.000 por mês. Entretanto, após o primeiro ano de mandato, disse à imprensa que não seria possível aplicar essa nova faixa de isenção.

O último ano com reajuste na tabela do IRPF foi 2015, durante o governo Dilma. Através da Medida Provisória nº 670, convertida na Lei 13.149/2015, o Governo Federal realizou um reajuste médio de 5,60% nos valores da tabela. Dessa forma o limite de isenção sofreu uma correção de 6,5%, passando a ser de R$ 1.903,98. O valor vigora até hoje.