O Iraque se tornou um possível obstáculo para esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de manter os cortes na produção da commodity até o próximo ano, segundo disseram hoje fontes do cartel, levando o ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, a viajar para Bagdá para se reunir com autoridades iraquianas.

A Opep terá um encontro na quinta-feira (25) para discutir uma extensão nos cortes de produção do grupo e de outros países que não pertencem ao cartel, em especial a Rússia. Seguindo acordos fechados no fim do ano passado, Opep, Rússia e outras nações têm buscado reduzir sua produção conjunta em 1,8 milhão de barris por dia neste primeiro semestre. Há grande expectativa de que os cortes sejam estendidos para além de junho.

De acordo com representantes da Opep, o Iraque, segundo maior integrante da Opep depois da Arábia Saudita, declarou apoio para uma eventual extensão de apenas seis meses. Na semana passada, sauditas e russos defenderam uma prorrogação por nove meses, até março de 2018. Kuwait e Venezuela também se mostraram favoráveis a uma extensão de nove meses.

Falih viajou hoje para a capital iraquiana numa tentativa de convencer autoridades locais a endossar a renovação por período mais longo, segundo as fontes da Opep.

A situação mostra como o debate na reunião da Opep na quinta será mais sobre a duração dos novos cortes do que sobre a extensão em si.

“Todos os produtores concordam com a ideia de estender o acordo, mas a duração vai ser decidida na reunião”, disse o secretário-geral da Opep, Mohammed Barkindo, durante coletiva.

O Iraque foi um dos países que mostraram mais relutância em apoiar o acordo original da Opep para conter a produção, fechado em novembro do ano passado. Fonte: Dow Jones Newswires.