O Irã advertiu nesta terça-feira os governos europeus contra a tentação de impor novas condições para seguir adiante com o acordo sobre seu programa nuclear, concluído em 2015.

“Os europeus não têm o direito de nos dizer: aceitamos [esse acordo], mas temos de falar sobre a presença iraniana” no Oriente Médio, reclamou Ali Akbar Velayati, conselheiro de Relações Exteriores do guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei.

“Dizer que aceitam [o acordo], mas que devem negociar a presença do Irã na região ou a defesa iraniana é impor condições [para a implementação do acordo] e isso não é aceitável”, afirmou Velayati durante uma coletiva de imprensa.

“Não há condições para [o acordo] e o texto deve ser aplicado em conformidade com o acordado” em Viena entre o Irã e o Grupo dos Seis (Alemanha, China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia), afirmou o conselheiro de Khamenei.

“Temos o direito de cooperar com nossos vizinhos”, insistiu.

O presidente francês Emmanuel Macron falou na sexta-feira com seu colega iraniano, Hassan Rohani, e “lembrou (…) o compromisso da França com o estabelecido pelo Acordo de Viena”, enquanto o presidente americano Donald Trump ameaçou no mesmo dia retirar seu país do pacto.