O ministro da Saúde do Irã, Said Namaki, lamentou nesta terça-feira (2) que alguns iranianos não respeitem as medidas de distância impostas para lutar contra a propagação da COVID-19, que registra um novo pico no país.

Pelo segundo dia consecutivo, o país registrou mais de 3.000 novos casos de contágios, concretamente 3.117 nas últimas 24 horas, o que elevou o total de contágios a 157.562 desde fevereiro, anunciou o porta-voz do ministério, Kianuche Jahanpur.

Namaki afirmou que muitas “pessoas se tornaram completamente imprudentes ante a doença”.

“Aos que acreditam que o coronavírus foi embora, isto é completamente falso”, completou, citado pela agência iraniana Isna.

O número reportado nesta terça-feira se aproxima do recorde de 3.186 novos casos registrados em 30 de março, a maior quantidade registrada em 24 horas no país do Oriente Médio.

De acordo com especialistas estrangeiros e iranianos, os dados do governo estão subnotificados.

Jahanpur anunciou que 64 pessoas morreram devido ao novo coronavírus nas últimas 24 horas, o que eleva o balanço total a 7.942 vítimas fatais.

O país começou a flexibilizar em meados de abril as restrições e medidas impostas para conter a propagação da pandemia e a maior parte das 31 províncias do país retomou a maioria das atividades. Na semana passada foram autorizadas as orações coletivas nas mesquitas e os restaurantes reabriram as portas.