O Irã pediu nesta quarta-feira (10) à China, França, Reino Unido e Rússia, como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, que impeçam um projeto dos Estados Unidos de estender o embargo à venda de armas para Teerã.

“Esperamos que (esses) quatro membros permanentes resistam a essa conspiração contra os interesses do planeta e da estabilidade mundial”, disse o presidente iraniano, Hassan Rohani, em discurso transmitido pela televisão.

Rohani afirmou contar “especialmente (com) os dois países amigos, que são Rússia e China”.

Reino Unido, França, Rússia e China são, junto com a Alemanha, membros do acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano (P5+1) assinado em Viena, em 2015.

Quinto membro permanente do Conselho de Segurança, os Estados Unidos se retiraram deste acordo em 2018 e restabeleceram sanções contra o Irã.

O acordo de Viena foi apoiado pelo Conselho de Segurança em sua resolução 2231. Os membros permanentes dessa instituição têm direito a veto.

“Em outubro, chegará o dia em que, com base na resolução 2231, todos os embargos de armas serão suspensos. Os americanos já estão furiosos e chateados”, disse Rohani.

Nos termos desta resolução, um embargo que proíba a venda de armas e os equipamentos militares pesados ao Irã deve expirar em outubro.

No início de junho, os Estados Unidos informaram que propuseram um projeto de resolução à Rússia, no Conselho de Segurança, para estender o embargo aos principais sistemas de armas ao Irã para além de 13 de outubro. Moscou já discordou da prorrogação dessa proibição.