Pela segunda vez em 24 horas, o Irã criticou a posição da França, que pede uma revisão da política regional e do programa balístico da República Islâmica, apesar de uma aproximação entre os dois países depois do acordo nuclear de 2015.

O presidente francês Emmanuel Macron reafirmou sua vontade de diálogo com o Irã, mas expressou seu desejo de que este país “tenha uma estratégia regional menos agressiva”.

Ali Akbar Velayati, um conselheiro para assuntos internacionais do Guia Supremo Ali Khamenei, respondeu na televisão estatal: “Sobre temas da defesa e do programa balístico, não pedimos permissão a ninguém. (…) Por que Macron interfere? Por que se mete nos nossos assuntos?”

“É evidente que nossa resposta é negativa”, afirmou ainda, referindo-se ao pedido francês de negociar o tema balístico e a política regional.

Na sexta, o Irã já havia criticado a França depois das declarações do chanceler francês, Jean-Yves Le Drian, nas quais acusou Teerã de “tentações hegemônicas no Oriente Médio”.