O presidente do Irã, Hassan Rohani, afirmou nesta quarta-feira (14) que a decisão de seu país de elevar a produção de enriquecimento de urânio a 60%, prevista para começar na próxima semana, é uma resposta ao “terrorismo” de Israel, dias após um incidente em uma central nuclear iraniana.

“É a resposta a sua maldade”, declarou Rohani em uma reunião do conselho de ministros. “O que fizeram se chama terrorismo nuclear, o que fazemos é legal”, afirmou em referência a Israel, país acusado pelo Irã de sabotar a central de enriquecimento de urânio de Natanz (centro do Irã).

De acordo com o embaixador da República Islâmica na Agência Internacional de Energia Atômica (OIEA) em Viena, o Irã pretende começar a produzir urânio enriquecido a 60% a partir da “próxima semana”.

“Prevemos acumular o produto (de duas cascatas de centrífugas dedicadas a 60% de urânio) na próxima semana”, escreveu Kazem Gharibabadi em uma mensagem no Twitter publicada na quarta-feira à noite.

Com o nível de 60% de refinamento, o Irã teria condições de passar rapidamente a 90% ou mais, necessário para uma utilização deste mineral com fins militares.

A República Islâmica sempre negou o desejo de desenvolver armamento nuclear, alegando que sua moral e sua religião proíbe.