O Irã chamou de “ilegais e ilegítimas” as sanções impostas pelos Estados Unidos ao órgão iraniano que administra as prisões do país e um de seus líderes, Sohrab Suleimani, acusado de “violações dos direitos humanos”.

“O governo dos Estados Unidos não está qualificado para discutir a situação dos direitos humanos em outros países”, disse Bahram Ghassemi, porta-voz do ministério das Relações Exteriores em um comunicado.

Na quinta-feira, os Estados Unidos acrescentou à lista negra financeira uma das organizações que administra o sistema prisional iraniano e em particular a prisão de Evin, onde, segundo funcionários americanos, “graves violações” dos direitos humanos ocorrem.

Sohrab Suleimani dirigia as prisões em Teerã em abril de 2014, quando muitos presos políticos foram agredidos por “várias horas”, indicou o Tesouro dos Estados Unidos, anunciando as sanções.

Suleimani é irmão do general Ghassem Suleimani, chefe de operações externas dos Guardiões da Revolução – força de elite iraniana – que já figura na lista negra dos Estados Unidos, indicou no dia anterior Sean Spicer, porta-voz da Casa Branca.

O governo americano explicou que estas medidas estão “ligadas aos direitos humanos” e não violam o compromisso assumido por Washington em julho de 2015 de suspender as sanções relacionadas com o programa nuclear iraniano.