A oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) é um dos momentos mais importantes na trajetória de uma empresa. Acima de tudo, é um demonstrativo de avanços no campo da governança corporativa. Ainda que o ano de 2018 tenha sido marcado por turbulências políticas e incertezas econômicas, a porta de entrada do mercado de capitais brasileiro se abriu para algumas empresas. No País, três companhias lançaram ações na B3: Banco Inter e as operadoras de saúde NotreDame Intermedica e Hapvida. Mas também houve aquelas que foram além e ofertaram seus papéis diretamente em Wall Street.
A intenção foi aproveitar a demanda dos investidores americanos por ações de tecnologia, como fizeram as empresas de pagamentos PagSeguro e Stone e a Arco Educação, fornecedora de sistemas educacionais. Todos os IPOs da B3 foram realizados em abril. Somadas, as três companhias captaram R$ 6,76 bilhões, ao passo que os lançamentos nos Estados Unidos movimentaram US$ 4 bilhões (cerca de R$ 15,5 bilhões). Porém, no momento dos IPOs, as expectativas para o ano eram positivas e não consideravam eventos negativos, como a greve dos caminhoneiros. Diante do cenário conturbado, muitas empresas optaram pela cautela e suspenderam momentaneamente a abertura de capital. Foram os casos de Multilaser, Banco BMG, Banrisul Cartões, Ri Happy, Algar Telecom, Dass Calçados e Blau Farmacêutica. Com a estabilização na economia, 2019 tem tudo para ser um ano promissor para os IPOs de empresas nacionais.