Apesar da queda de investimento em ouro na primeira metade deste ano, as vendas de joias no varejo seguem aquecidas no mundo, embora ainda não tenham recuperado o nível pré-pandemia. As informações foram publicadas nesta quinta-feira pelo World Gold Council (WGC).

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A demanda por ouro enquanto investimento caiu para 455,9 toneladas no primeiro semestre deste ano, uma queda de 60% em relação ao ano anterior, quando o ativo negociado nas bolsas de valores registraram entradas recordes.

Em geral, a demanda pelo metal precioso foi de 1.833,1 toneladas neste primeiro semestre, uma queda de 10% em relação a 2020. Essa redução ocorreu junto à queda de 3% no valor do ouro no primeiro semestre deste ano para permanecer, aproximadamente, em US$ 1.775 por onça (28,3 gramas) em 30 de junho.

Já a demanda global por ouro no segundo trimestre deste ano atingiu 955 toneladas, próxima ao nível registrado em 2020 – ambos distantes da quantidade vista antes da pandemia causada pelo novo coronavírus.

O relatório do WGC ressalta a divergência de demanda por ouro entre investidores institucionais, que compram barras e moedas, e consumidores que adquirem ouro físico em joias e ornamentos pessoais. Depois de cair ao nível mais baixo registrado em 2020, a demanda por joias aumentou 60% – cerca de 390 toneladas – no segundo trimestre deste ano.

O WGC cita a interrupção de alguns mercados específicos na compra de ouro, como o indiano, que sofreu forte impacto de covid-19, com queda de demanda de ouro caindo 46%. Os principais compradores mundiais do metal neste ano foram Estados Unidos e China.