O investimento em ações perdeu espaço nas carteiras dos fundos de pensão. De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), a fatia aportada em ações e fundos de ações (renda variável) caiu de 15,8% em dezembro de 2021 (R$ 163,26 bilhões) para 13,4% em julho de 2022 (R$ 144,08 bilhões).

Por outro ângulo, a participação da renda fixa aumentou de 75,7% (R$ 783,13 bilhões) em dezembro de 2021 para 78,6% (R$ 843,532 bilhões) em julho de 2022.

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Ao todo, os fundos de pensão informaram R$ 1,147 trilhão em patrimônio (12,6% do PIB) em julho de 2022, ante R$ 1,112 trilhão (12,8% do PIB) em dezembro de 2021.

O setor reúne 2,62 milhões de participantes ativos, 3,73 milhões de dependentes e 793,3 mil beneficiários (aposentados e pensionistas).

Planos familiares e associativos  

Para crescer daqui para frente, o presidente da Abrapp, Luís Ricardo Martins, aponta que as entidades estão concentrando esforços na criação e ampliação de planos familiares e associativos.

“Planos instituídos como a da Quanta e das OABPrevs já contam com mais de um milhão de participantes (investidores)”, disse Martins.

Segundo a Abrapp, os planos instituídos associativos constituídos por sindicatos e associações de classe continuam a crescer e já abrangem 690,9 mil pessoas, em comparação a 653,7 mil no início do ano, um acréscimo de 37 mil novos participantes este ano.

Congresso da Abrapp

O futuro do setor será debatido a partir de amanhã (19/10) no 43º Congresso Brasileiro de Previdência Privada no Transamérica Expo, em São Paulo, até 21 de outubro.