Graves violações de direitos trabalhistas e de segurança foram flagradas em fábricas chinesas que produzem brinquedos para a Disney, Mattel e Hasbro. De acordo com o relatório divulgado por ativista sociais do país, os trabalhadores eram submetidos a riscos sem as devidas proteções, horas excessivas de trabalho, condições de moradia degradantes e baixos salários.

As investigações foram feitas de forma secreta pelos grupos Labour Watch, ActionAid, CiR e Solidar Suisse em fábricas da China, entre abril e setembro deste ano e divulgado nesta sexta-feira (7) pela CNBC.

Na época de pico de produção, os funcionários trabalhavam até 175 horas extras por mês, enquanto a lei trabalhista chinesa restringe para 36 horas extras por mês. A investigação também mostrou que os empregadores não forneciam o equipamento de segurança necessário para impedir o contato com produtos químicos, como o benzeno, que tem sido associado ao envenenamento e à leucemia.

Os trabalhadores também eram forçados a assinar contratos em branco e eram enviados para abrigos apertados, com condições insalubres e sem água quente.

A Hasbro confirmou em um e-mail que seus produtos foram produzidos em duas das instalações mencionadas no relatório.

“As alegações no relatório não são comprovadas pelo monitoramento e auditorias abrangentes da Hasbro realizados ao longo de 2018, e ambos os fornecedores estão em situação regular com os robustos requisitos éticos da Hasbro”, disse um porta-voz à CNBC. A Disney e Mattel não responderam aos questionamentos.