Uma investigação preliminar da Procuradoria Geral da Arábia Saudita apontou a morte do jornalista Jamal Khashoggi, que desapareceu no começo do mês em Istambul, na Turquia, informou a agência de notícias estatal saudita SPA.

A agência afirma que a investigação continua e que 18 pessoas de nacionalidade saudita estão presas preventivamente por suposta ligação com o caso.

Ativistas de direitos humanos com cartazes do jornalista saudita desaparecido Jamal Khashoggi durante protesto no início de outubro em frente ao consulado saudita em Istambul, na Turquia

Ativistas de direitos humanos com cartazes do jornalista saudita desaparecido Jamal Khashoggi durante protesto no início de outubro em frente ao consulado saudita em Istambul, na Turquia – Osman Orsal/Reuters/direitos reservados

No último dia 2, o jornalista sumiu após entrar no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, para resolver questões burocráticas. Khashoggi fazia oposição ao governo saudita e criticou diretamente o príncipe herdeiro Mohammad bin Salman e o rei Salman.

No mesmo dia de seu desaparecimento, horas após o jornalista ter entrado no consulado, um comboio de seis veículos saiu do edifício diplomático e seguiu para a residência do cônsul, segundo informações da imprensa turca com base em imagens de câmeras de segurança.

Exílio

Em setembro do ano passado, Khashoggi fugiu de seu país natal e se exilou em Washington, nos Estados Unidos, justamente por causa de seu posicionamento político. Desde então passou a colaborar com um jornal norte-americano de forma mais contundente. Entre as ações do governo saudita que Khashoggi atacou está a intervenção militar no Iêmen, liderada pela Arábia Saudita.

*Com informações da EFE