Após Mark Zuckerberg defender o Facebook no Congresso americano, um grupo de investidores ativistas, mas que não possui qualquer ação da empresa, pediu sua saída do comando da rede social.

“O testemunho previamente preparado de Mark Zuckerberg destaca um simples fato: Ele não entende como uma empresa grande, global e pública deve ser gerida”, diz Michael Connor, CEO da Open MIC, em nota. “Ele atualmente tem dois trabalhos no Facebook – CEO e Presidente do Conselho. Já é tempo dele desistir de ao menos de um, se não de ambos, os títulos.”

Connor continua. “Passou muito do tempo de o Facebook separar os papéis do CEO e do presidente do Conselho. E para Mark Zuckerberg renunciar ou ser demitido”, afirmou.

Apesar de a Open MIC não deter qualquer participação na rede social, eles possuem uma história de coordenar pedidos de maior responsabilidade ao Facebook. Por exemplo, no começo deste ano, eles exigiram um relatório sobre possível interferência na eleição presidencial de 2016.

Segundo o site especializado em tecnologia The Verge, outras organizações também pressionam Zuckerberg. O jornal The San Francisco Chronicle também pediu para Zuckerberg renunciar.

Por enquanto, o fundador do Facebook não parece ter qualquer vontade de deixar algum dos cargos que ocupa. Em entrevista ao The Atlantic, na manhã desta segunda-feira, 9, ele afirmou estar “muito confiante que o Facebook conseguirá superar seus problemas”.

A má-fase de Zuckerberg começou quando emergiu o escândalo da Cambridge Analytica. Segundo matérias do The Guardian e do The New York Times, a Cambridge Analytica conseguiu dados suficientes de mais de 87 milhões de usuários da rede social para influenciar as eleições do Brexit e para presidente dos EUA, ambas em 2016.