Os juros futuros de curto e médio prazo fecharam em alta a sessão regula desta quinta-feira, 22, refletindo um movimento de realização de lucros após a forte queda nas taxas desde a semana passada. Os vencimentos longos também estiveram para cima durante o dia, mas na reta final dos negócios a entrada de fluxo vendedor aliviou a pressão e as taxas encerraram perto da estabilidade, em meio ainda à aceleração da queda do dólar.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 encerrou em 6,590%, de 6,550% no ajuste da quarta e a do DI para janeiro de 2020 subiu de 7,58% para 7,63%. A taxa do DI para janeiro de 2021 terminou em 8,56%, ante ajuste anterior a 8,53%. A taxa do DI para janeiro de 2023 fechou a 9,45% (mínima), de 9,46%.

Numa quinta-feira sem noticiário nem agenda relevantes, profissionais da área de renda fixa afirmaram que o mercado se dedicou a ajustes técnicos antes da divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de fevereiro, na sexta-feira, 23.

“Tivemos um pouco de zerada de posições antes da chegada do IPCA-15. Como as taxas tinham caído muito e o leilão hoje foi grande, ajudou a pressionar um pouco”, disse o operador da Renascença DTVM Thiago Castellan Castro. O Tesouro vendeu todo o lote de 9,5 milhões de LTN e de 1 milhão de NTN-F na operação realizada no fim da manhã.

Nos demais ativos, o dólar à vista atingiu mínimas na última hora, caindo abaixo dos R$ 3,25, ainda em linha com o movimento de baixa visto no exterior. Às 16h28, a moeda caía 0,57%, a R$ 3,2475.

No período da tarde, o Banco Central, em meio às discussões no governo a respeito da possibilidade de se estabelecer um mandato duplo para a autoridade monetária, afirmou ao Broadcast, por meio de sua assessoria de imprensa, que o foco no controle da inflação “tem servido bem ao País” e que “a lei de autonomia do BC deve consagrar o que já existe hoje de fato”.

A instituição afirmou ainda que “o crescimento sustentável é um objetivo do governo como um todo, consequência do aumento de produtividade e eficiência na economia”. “O BC, ao gerar estabilidade monetária e financeira, contribui para o crescimento do País.”