Os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 4,502 bilhões na B3 no pregão de segunda-feira, 9, de acordo com dados publicados pela Bolsa na manhã desta quarta-feira, 11. Foi o maior aporte em um único dia em termos nominais, isto é, sem correção inflacionária, desde 2007, ano em que se inicia a série de dados diários compilados pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Naquele pregão, o Ibovespa fechou em alta de 2,57%, aos 103.515,16 pontos, com um forte giro financeiro de R$ 49,1 bilhões.

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O índice acionário local acompanhou o forte otimismo visto no exterior diante da confirmação da vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais americanas e também com a notícia de que a vacina da Pfizer e da BioNTech contra a covid-19 apresentou eficácia de mais de 90% em testes da fase 3.

O noticiário favorável desencadeou um movimento de giro de setores nas carteiras em todo o mundo, com ações consideradas “de valor”, como as dos grandes bancos, recuperando terreno diante das fortes perdas que registraram desde a crise.

Como mostrou na terça o Broadcast, um grupo de seis “blue chips” da B3 ganhou cerca de R$ 150 bilhões em valor de mercado em dois pregões graças a essa rotação.

Esse grupo de empresas, que inclui os bancos, a Petrobras e a Ambev, tem ações em geral mais movimentadas pelos investidores estrangeiros, dada a solidez das empresas e sua alta liquidez. Por isso, estes papéis costumam ser vistos como portas de entrada e de saída do investidor externo no mercado nacional.

Em novembro, os investidores estrangeiros ingressam com R$ 7,759 bilhões na B3, resultado de compras de R$ 84,529 bilhões e vendas de R$ 76,769 bilhões. No ano, os estrangeiros retiram R$ 77,127 bilhões do mercado brasileiro, naquela que ainda é a maior retirada da história do mercado à vista. No início de outubro, porém, os saques eram de R$ 88,273 bilhões.