Muitos dos empreendedores que vão ler este post provavelmente estão em busca de um investidor-anjo ou o farão em algum momento. Aqueles que estiverem mais avançados nessa busca certamente já pesquisaram o que esses investidores buscam e como eles definem em que empresa confiar. Mas e o caminho inverso? Você já parou para pensar que, nessa relação, o empreendedor também tem o poder de escolha? E que a diferença entre ter ao lado um anjo ou um “diabo” pode não ser tão clara à primeira vista?

É evidente que faço aqui uma brincadeira retórica ao me referir a anjo ou diabo. Isso é apenas uma maneira de mostrar que o empreendedor pode – e deve – analisar muito bem que tipo de investidor é melhor para seu negócio. E que ele, eventualmente, pode até recusar algum apoio.

Neste post, vou dar cinco dicas importantes para você identificar as características do bom investidor-anjo e, assim, evitar vender sua alma ao diabo, associando-se a parceiros que podem não agregar valor ao negócio.

Confira:

1. Reputação – O ponto de partida de qualquer relação comercial é saber quem é a pessoa que está do outro lado. Isso é muito mais do que apenas ler a biografia que seu interlocutor colocou no LinkedIn. É importante investigar a fundo qual o histórico do potencial anjo e como o mercado o percebe. Trata-se de um investidor iniciante, ocasional ou serial? Como é a relação dele com outras startups investidas? Da mesma maneira que a primeira coisa que o anjo analisa é a qualidade do responsável pela empresa, o empreendedor também deve fazer o mesmo.

2. Experiência – Muitos investidores também empreenderam um dia e passaram por todos os ciclos importantes de uma empresa bem-sucedida. Essa experiência é valiosa para os novos empresários, pois evita tropeços e encurta o caminho para o sucesso.

3. Envolvimento – Bom anjo é aquele que participa do projeto e se envolve de verdade. E ele espera que o empreendedor perceba o valor agregado dessa postura, que pode resultar numa sinergia poderosa para a empresa.

4. Só dinheiro não basta – O investidor qualificado não é aquele que apenas aporta recursos, mas sim o que faz a diferença com sua experiência em gestão, governança e inteligência. É aquele que qualifica a empresa. Quanto menor a startup, maior o valor não financeiro do anjo.

5. Networking – O investidor que agrega valor possui uma sólida rede de relacionamento e transita com desenvoltura do mercado, o que inclui acesso a investidores internacionais. Talento atrai talento. Anjo bom traz anjo bom.