Ainda é muito cedo para dimensionar os efeitos da invasão russa na Ucrânia, mas as consequências econômicas são inevitáveis. Num primeiro momento, os danos são observados no mercado financeiro. Em seguida, afetam a vida de todos.

Nesta quinta-feira 24, as bolsas registram fortes perdas num movimento de busca por proteção. Investidores trocam ativos de risco, como ações de empresas, por ativos mais seguros como dólar, ouro e títulos públicos americanos.

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As principais commodities agrícolas, como soja, milho e trigo, estão em alta. O barril de petróleo ultrapassou a barreira dos US$ 100. O preço gás, aliás, disparou… O impacto na inflação global será avassalador num contexto já bastante complicado. Vale lembrar que a inflação ao consumidor nos Estados Unidos está no maior patamar em 40 anos. Na Europa, o maior em 30 anos.

A piora inflacionária pode levar os Bancos Centrais a subirem juros em ritmo superior ao estimado pelo mercado financeiro. Juros altos desaquecem a economia e pioram o mercado de trabalho. Será que o PIB global conseguirá crescer, em média, 4,5% como estava sendo previsto antes do ataque russo?

Não é possível prever o desfecho da ação militar no Leste Europeu, mas já é possível afirmar que a economia sairá derrotada. A intensidade dos danos dependerá da duração e da amplitude dos ataques russos e de uma eventual reação do Ocidente.