É crescente o número de casos de ataques a religiões de matriz africana no Brasil. Em especial, na cidade do Rio de Janeiro, onde a intolerância religiosa está ligada, também, ao tráfico de drogas. Alguns líderes do crime organizado chegaram a expulsar mães de santo e suas famílias de favelas, como aconteceu no Morro do Amor, no Complexo do Lins, no final do ano passado. Em setembro, mais de 30 ataques a terreiros de umbanda foram registrados pelo Disque Combate ao Preconceito, linha de denúncias mantida pela Secretaria de Direitos Humanos do Rio. Os casos de intolerância religiosa já representam 37% das ligações e mais do que dobraram nos últimos dois anos.

(Nota publicada na Edição 1044 da Revista Dinheiro)