São Paulo, 6 – A consultoria INTL FCStone reduziu em 3,4% a sua previsão de produção de milho verão no Brasil em 2019/20, para 25,75 milhões de toneladas. Em nota, a consultoria atribuiu a redução principalmente ao corte na produção do Rio Grande do Sul devido ao clima quente e às chuvas irregulares. Conforme a FCStone, o Estado está perto de perder a liderança na produção de milho verão na safra 2019/20. A consultoria cortou em 20% a sua projeção para a primeira safra de milho, de 6 milhões de toneladas para 4,8 milhões de toneladas.

De acordo com a analista da INTL FCStone Ana Luiza Lodi, o cenário é preocupante em um momento de consumo aquecido e preços elevados da commodity. “A Região Sul concentra a maior parte da produção de aves e suínos. Existe, nesta e em outras regiões, um alerta em relação à possibilidade de faltar milho ou de este produto agrícola ficar muito caro”, disse Ana Luiza, conforme a nota.

A analista assinalou que a demanda em 2019 foi muito grande e a maior parte do milho entra no mercado somente no segundo semestre do ano, com a safrinha. “Os preços do cereal estão sustentados e uma oferta menor deve contribuir para esse cenário de preços altos, principalmente até se ter uma ideia mais concreta dos resultados da safrinha”.

O relatório indica que a queda da produção do Brasil só não foi maior porque a área plantada foi revisada para cima, de 4,17 milhões para 4,19 milhões de hectares, com ajustes principalmente em Minas Gerais e no Piauí.

A INTL FCStone reduziu a previsão de produção de milho safrinha do País de 72,11 milhões de toneladas para 71,97 milhões de toneladas. O documento aponta que o recuo foi condicionado pela revisão de área em alguns Estados, que “apesar de pequena, levou o número do Brasil como um todo a ficar em 13,14 milhões de hectares, nível que ainda configura um recorde”.