O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), repetiu diversas vezes que a decisão de intervir na segurança pública do Rio é arriscada e precisa ser muito bem planejada para dar certo. “Está se dando um salto tríplice sem rede, não se pode errar com a intervenção”, disse Maia, durante café da manhã com jornalistas nesta sexta-feira, 16.

Maia admitiu que precisou ser convencido da necessidade de se colocar em prática o plano, que foi traçado pelo governo federal. O presidente da Câmara também afirmou que só foi comunicado após a decisão já ter sido tomada.

A decisão de intervir na segurança do Estado foi tomada nesta quinta, em uma reunião no Palácio da Alvorada, da qual também participou governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB).

O decreto fará com que o Exército assuma a segurança pública do Estado, com responsabilidade sobre as polícias, bombeiros e a área de inteligência, inclusive com poder de prisão de seus membros.

Com isso, o entendimento é que a votação da reforma da Previdência, prevista para a próxima semana, terá que ser suspensa, pois a Constituição não pode ser alterada durante a “vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio”.