Uma operação realizada em 103 países contra o tráfico de espécies levou a quase 700 prisões e à apreensão de milhares de pássaros, répteis, um filhote de leão e chimpanzés vivos – informou a Interpol nesta segunda-feira (9).

“Mais prisões e processos são esperados à medida que avançam as investigações mundiais em curso”, como resultado da Operação Trovão, disse a Organização Internacional de Polícia Criminal em um comunicado.

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No México, as forças da ordem resgataram uma tigresa branca adulta, um jaguar e um filhote de leão de quatro meses em Sinaloa. Nos Camarões, as autoridades alfandegárias apreenderam 187 presas de elefante de um caminhão procedente do Gabão, relatou esta agência com sede em Lyon.

A polícia do Zimbábue impediu a transferência de 32 chimpanzés vivos da República Democrática do Congo.

No total, recuperaram-se mais de 45.500 espécimes de animais e plantas, incluindo 1.400 tartarugas e 6.000 ovos de tartaruga, 1.160 pássaros e 1.800 répteis.

Também foi apreendida mais de uma tonelada de escamas de pangolim, o que representa, aproximadamente, 1.700 pangolins mortos, além de 56.200 quilos de produtos marinhos, 950 toneladas de madeira e 15.878 quilos de plantas.

“O crime contra a vida selvagem e as florestas constitui o quarto maior comércio ilegal do mundo, um lucrativo negócio ilegal com consequências devastadoras e de longo alcance não apenas para o meio ambiente, mas também para a sociedade, a saúde pública e a economia mundial”, afirmou o secretário-geral da Interpol, Jürgen Stock, no comunicado.

“Eles tendem a andar de mãos dadas com a evasão fiscal, a corrupção, a lavagem de dinheiro e até mesmo o assassinato, cometido por grupos que usam as mesmas rotas para o contrabando de espécies silvestres protegidas no tráfico de pessoas, armas, drogas e outros produtos ilegais”, acrescentou Stock.