O Banco Inter vai anunciar nos próximos dias que os clientes que adquirirem imóveis da construtora MRV, a maior do País, por meio de consórcio imobiliário, terão condições especiais. Será dado um desconto de 12% na carta de crédito de valores entre R$ 100 mil e R$ 240 mil. Representando até R$ 29 mil, o valor poderá ser usado para aumentar o lance e, portanto, as chances de ser contemplado no consórcio. A parceira, de tipo inédita no mercado brasileiro, une as duas empresas que são controladas pela família Menin. Na terça-feira 19, o Banco Inter, comandado por João Vitor Menin, anunciou prejuízo de R$ 9,87 milhões, no primeiro trimestre do ano, contra lucro de R$ 12 milhões no mesmo período de 2019. As receitas com intermediação financeira aumentaram para R$ 204,02 milhões, em relação aos R$ 171,7 milhões do mesmo período do ano passado.

INTERNACIONAL
Coronavírus ameaça EUA 

O Federal Reserv (o banco central americano) classificou a pandemia do novo coronavírus como uma séria ameaça à economia dos Estados Unidos. A análise veio da ata do comitê de política monetária da instituição. Divulgado na quarta-feira 20, o documento indica que o órgão, presidido por Jerome Powel, não espera que o país apresente recuperação rápida. Para o Fed, muitos pequenos negócios podem ir à falência nos próximos meses, em virtude da crise econômica causada pela Covid-19. Dessa forma, a expectativa é de que todo o arsenal financeiro disponível seja empregado para proteger a economia americana de um tombo ainda maior.

PROTEÍNA
Minerva busca R$ 600 milhões

Terceira maior produtora de carne bovina do Brasil, a Minerva Foods pretende captar R$ 600 milhões com a emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA). O objetivo é usar os recursos para adquirir títulos de dívida da empresa no exterior, que estariam sendo negociados abaixo do valor de face. O frigorífico vai emitir títulos com vencimento em 2025 e 2026. Ao fim do primeiro trimestre, a Minerva detinha dívida de R$ 11,7 bilhões, sendo 72% desse total em moeda estrangeira.

CAPTAÇÃO
Ações da Estapar se recuperam em meio à crise

Na primeira emissão de ações feita durante a pandemia, a Estapar levantou R$ 313,2 milhões em seu IPO, que saiu no piso de sua faixa indicativa. André Esteves, controlador da empresa e do BTG Pactual, banco que coordenou a emissão, comprou uma participação adicional de R$ 138,3 milhões na companhia. A estratégia de levantar dinheiro em meio à turbulência do mercado se deveu à necessidade da gestora de estacionamentos de pagar R$ 600 milhões em uma concessão de zona azul da cidade de São Paulo. Na sexta-feira 15, as ações caíram 20% (de R$ 10,50 para R$ 8,40). Mas se recuperaram na terça-feira 19, indo para R$ 9,80 (alta de quase 17%). Outras empresas que podem fazer emissões nos próximos meses são a Via Varejo, a Centauro, a Aura Minerals e a Natura.

SAÚDE
Teste de vacina eleva valor da Moderna 

Depois de anunciar resultados positivos no primeiro teste clínico com humanos de sua vacina contra a Covid-19, a empresa de biotecnologia Moderna viu as suas ações dispararem 20%, na segunda-feira 18. A alta no ano atingiu impressionantes 241%. No dia seguinte, a queda foi de 10,4%, com notícias de que o caminho até a aprovação da vacina pela agência americana de saúde FDA promete ser mais complexo. Ela precisa ainda se provar capaz de manter a proteção às pessoas por um período prolongado e não ter efeitos colaterais a indivíduos saudáveis, para que não anulem os benefícios da proteção ao novo coronavírus. O site de saúde americano Stat News também contestou os resultados dos testes da vacina da Moderna.

PRÉ-PAGOS
Demanda maior com a pandemia

A empresa de pagamentos e emissora de cartões pré-pagos Agilitas percebeu um aumento de 35% nos valores movimentados em seus cartões pré-pagos corporativos, no período entre fevereiro e abril deste ano. O aumento seria um reflexo do repasse pelas empresas de auxílio ao trabalho em home office para os seus funcionários. Esses cartões podem ser utilizados de forma online, facilitando que as pessoas façam os gastos sem sair de casa. Também permitem o gerenciamento de prestações de contas por meio de plataforma digital. O crescimento de operações aconteceu principalmente em pagamentos de contas de luz, gás, água e provedores de internet.