A inteligência artificial vem ganhando um espaço cada vez maior dentro das empresas e os resultados da Stefanini, uma das maiores empresas de tecnologia do Brasil, fundada e comandada por Marco Stefanini, comprovam essa tese. A companhia, que criou a plataforma Sophie, uma ferramenta capaz de interagir com humanos via chatbots e voz, acaba de bater um recorde. Em 2016, a Stefanini contava com 21 clientes usando a Sophie. Em 2017, conquistou mais 22 clientes, entre eles a Caixa Econômica Federal. “E só neste primeiro trimestre de 2018 fechamos 25 contratos”, diz Alexandre Winetzki, diretor de P&D da Stefanini. “A economia que uma empresa pode ter no atendimento ao cliente pode chegar a 60%.”

Empregos na mira

Dona de um faturamento de R$ 2,8 bilhões, com presença em 40 países, a Stefanini envolveu mais de 200 pessoas do Brasil, Estados Unidos e Europa para criar a Sophie. “Se você pegar uma empresa que faz 10 mil atendimentos por mês, são necessárias 20 pessoas. A Sophie faz o atendimento básico, o chamado nível um, por 24 horas nos sete dias da semana”, diz Winetzki. O problema é que, junto com a inovação, vem o desemprego. “Vai ter um impacto muito grande nas profissões de entrada do mercado de trabalho. Atendentes de call center, de balcão, de lanchonete”, afirma o executivo. “Há uma preocupação social com o que pode acontecer. Nos próximos dez anos, vai substituir, sim, essas funções. Mas as profissões criativas e as que exigem treinamento maior permanecerão.”

(Nota publicada na Edição 1066 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Pedro Arbex)