A Intel pode apresentar já no próximo mês o seu primeiro chip para minerar bitcoins. Espera-se que a novidade seja uma das revelações da conferência International Solid-State Circuits Conference, em São Francisco, nos EUA, e que o novo processador se chame Bonanza Mine.

As informações adiantadas pelo site Tom Hardware indicam ainda que o Bonanza Mine vai ser um ASIC – chips que integram circuitos desenhados para uma função específica, que neste caso é a mineração de criptomoedas. Referem também que este será um chip de baixa voltagem (ultra low-voltage), para otimizar ao máximo o consumo de energia e diminuir os custos associados à mineração.

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O mesmo site relembra que já em 2018 a Intel tinha patenteado um chip destinado especificamente à mineração de bitcoins, mas não voltou a dar notícia de novidades nessa área. Supõe-se por isso que a apresentação agendada para a conferência de fevereiro sirva para revelar finalmente o produto que resultou dessa tecnologia patenteada.

Em dezembro, Raja Koduri, diretor-geral da Intel, tinha dito já numa entrevista que a empresa tinha planos para apresentar em breve hardware desenhado para tornar mais eficiente e barato o processo de validação em blockchains.

Neste mercado, dos ASIC, estão já vários gigantes dos processadores, como a Samsung, a Bitman, TSMC, Nvidia, Texas Instruments e a própria Intel, que fabrica este tipo de chips para outras atividades.

Em julho de 2018 a empresa comprou aliás a eASIC, um fabricante especializado na conceção deste tipo de chips para utilização em ambientes cloud ou wireless. Entretanto, no desenvolvimento de ASICs para mineração já estão quase todos os principais concorrentes da Intel. A Samsung, por exemplo, começou a explorar este mercado em 2018, mas a aposta mais forte é da Bitmain.