A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) ainda não iniciou a integração na capital paulista entre os canais de atendimento a emergências do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), municipal, e do Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências (Grau), estadual. Seis meses após decisão judicial obrigar o Estado a começar a “interação entre os serviços”, ainda não há data definida para a mudança. A decisão, dada em setembro, dava prazo de 30 dias para iniciar a integração.

Isso foi pedido após o Ministério Público apontar que, sem nunca ter recebido repasse estadual, o Samu paulistano deixava de atender 41% das ocorrências recebidas. Portaria do Ministério da Saúde indica que o financiamento do serviço deve ser compartilhado por União (50%); Estado (25%); e município (25%). Mas o governo diz que não faz o repasse por oferecer serviço semelhante. A partir disso, foi exigida a fusão.

O diretor do Grau Jorge Ribera criticou o prazo dado para a fusão. “É como falar que tenho que construir um prédio em 30 dias. Isso não existe.” A proposta inicial do governo é unificar as centrais de atendimento telefônico 192 e 193. Desde janeiro, grupos de trabalho discutem o tema. A proposta é que Samu e Grau sigam com sistemas próprios, mas com diálogo maior para evitar duas viaturas em uma ocorrência.

Ribera ainda justifica a demora dizendo que faltou interesse da gestão Fernando Haddad (PT). Procurada, a equipe petista disse que não pôs empecilho para discutir e aguardou retorno de agendas com o Estado. Procurada, a gestão João Doria (PSDB) diz ter posicionamento igual ao do governo do Estado.

Sobre Sorocaba, o governo estadual afirma ter iniciado o processo de integração. No momento, diz, estão sendo definidos novos fluxos de regulação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.