Emagrecer. Esse é o objetivo de milhares de pessoas. Perder alguns quilinhos não é tarefa fácil e muitos acabam buscando atalhos. Especialistas afirmam que o consumo de injeções para emagrecer sem orientação de médicos tem sido cada vez mais frequente. Há uma variedade deste medicamentos no mercado e podem ser comprados sem receita em farmácias de todo o país.

Esses remédios têm preço salgado e os mais vendidos chegam a custar entre R$ 600 e R$ 900. De acordo com o R7, os produtos foram desenvolvidos originalmente para o tratamento de diabetes tipo 2, mas que se mostraram eficazes no controle de peso, fazendo com que o fabricante criasse versões específicas para pacientes com obesidade.

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Especialistas alertam que, como qualquer medicamento, esses remédios também podem causar uma série de efeitos colaterais. Estudo realizado com um desses produtos analisou a incidência de efeitos colaterais de acordo com uma série de fatores e chegou à conclusão de que quem tinha mais efeito colateral eram mulheres com peso menor.

Ao R7, o vice-presidente do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Márcio Mancini, disse que não existem estudos envolvendo os dois princípios ativos em pessoas fora dos critérios estabelecidos: sobrepeso com IMC acima de 27 e doença associada ou obesidade, além dos casos de diabetes tipo 2. O uso esporádico, de acordo com o médico, também aumenta a possibilidade de efeitos colaterais.

Entre os efeitos colaterais mais comuns do uso dessas substâncias estão: náusea, vômito, diarreia, constipação, tontura, problemas que afetam o estômago e o intestino, desconforto gástrico, dor na região superior do estômago, azia, sensação de empachamento, flatulência, eructação, boca seca, sensação de fraqueza ou cansaço, paladar alterado, insônia, cálculo biliar, entre outros.