Um relatório do Parlamento do Sri Lanka acusou nesta quarta-feira o presidente Maithripala Sirisena de “minar ativamente” a segurança nacional do país e de não conseguir impedir os ataques jihadistas do domingo de Páscoa, que causaram 269 mortes.

Uma comissão de várias partes interessadas investigou as deficiências do sistema de segurança do Sri Lanka antes dos ataques de 21 de abril, sobre os quais o país havia recebido informações muito precisas.

Os suicidas de uma organização jihadista local provocaram uma carnificina no domingo de Páscoa, quando se explodiram em hotéis de luxo e igrejas cristãs em plena celebração da missa.

O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou esses ataques. Segundo a comissão parlamentar, o Serviço de Inteligência do Estado (SIS), o principal órgão de investigação sob a autoridade direta de Sirisena, tinha informações transmitidas pela Índia, mas não agiu.

A investigação aponta que Maithripala Sirisena havia excluído o chefe de polícia, considerado próximo ao seu rival, o primeiro-ministro.

Segundo o relatório, um total de 269 pessoas morreram, 45 delas estrangeiras e outras 500 ficaram feridas. Também afirma que não foram encontradas evidências da relação entre o National Thowheeth Jama’ath (NTJ), uma organização extremista da qual fazia parte os camicazes, e o Estado Islâmico, apesar da reivindicação pública deste último.