O dólar segue em baixa firme, mas ainda sustenta os R$ 5,00, influenciado pela melhora externa diante das ações de bancos centrais e governo em resposta à pandemia do coronavírus, além da continuidade de leilões coordenados do Banco Central e do Tesouro.

O BC faz operações compromissadas em moeda estrangeira mediante a venda, à vista, de títulos soberanos por instituição financeira, com simultânea assunção, pelo BC de compromisso de recompra de títulos com as mesmas características em data futura, às 11 horas. Já o Tesouro realiza leilões extraordinários de compra e venda de LTN e NTN-F e de compra e venda de NTN-B.

O analista de câmbio da Ourominas, Elson Gusmão, avalia que o novo leilão do BC com os títulos soberanos ajuda na queda do dólar, mas acredita que o mercado vai querer testar o limite do que o BC considera dólar alto. “Me parece que o Bacen acordou, estando mais atuante no câmbio”, observa.

Nesta manhã, o anúncio da revisão do Produto Interno Bruto (PIB) do País neste ano pode provocar nova onda de alteração nas expectativas dos investidores sobre a atividade econômica. No mercado, as previsões variam de zero até recessão neste ano.

Às 9h25, o dólar à vista caía 1,47%, a R$ 5,0272. O dólar futuro para abril recuava 1,41%, a R$ 5,0245.

Mais cedo, a Petrobras informou que vai sacar US$ 8 bilhões do limite do seu cheque especial e adiar, sem data definida, o recebimento das propostas para a venda de suas refinarias, piorando as expectativas sobre o fluxo cambial do País.

Já o Índice de Confiança da Indústria (ICI) apurado na prévia da sondagem de março teve um recuo de 3,2 pontos em relação ao resultado fechado de fevereiro, para 98,2 pontos, a primeira queda após quatro meses de avanços.