Muitos brasileiros voltaram a viajar com o avanço da vacinação contra a Covid-19. O aumento da procura por viagens já causa um aumento no preço das passagens em um contexto de “inflação do turismo”. Segundo levantamento do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo (Fecomercio-SP), divugado pelo UOL, a inflação acumulada nos últimos 12 meses no turismo brasileiro é estimada em 16,75%.

O maior aumento foi em relação às passagens aéreas: 50,11% no acumulado dos últimos 12 meses.

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Apesar da desvalorização cambial do real e do aumento generalizado dos preços, a movimentação nos aeroportos de São Paulo cresceu 6,8% entre agosto e setembro – o dobro do registrado no mesmo período de 2020. Foram registrados mais de 3 milhões de passageiros de empresas aéreas em setembro, nível mais alto desde março deste ano.

Em nota divulgada no início deste mês sobre o turismo em São Paulo, o conselho afirma que o Índice Mensal de Atividade do Turismo de São Paulo obteve a quinta alta seguida no mês de setembro.

“Todas as variáveis analisadas pelo indicador registraram aumento, com destaque para a movimentação de passageiros nas rodoviárias (alta de 9,1%, na comparação mensal). Foram 782 mil pessoas circulando nos terminais rodoviários durante o mês (de setembro), o maior número desde janeiro”, informa a Fecomercio-SP.

 

Os preços que mais subiram foram:

– Passagens aéreas: alta acumulada de 50,11% em 12 meses;

– Aluguel de veículos: alta acumulada de 19,94%;

– Pacotes turísticos: alta acumulada de 16,75%;

– Hospedagem: alta acumulada de 4,44%.

Presidente do Conselho de Turismo da Fecomercio-SP, Mariana Aldrigui aponta que a inflação no setor de turismo estaria 5,49 pontos percentuais (p.p.) acima da inflação brasileira – o Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) geral acumulado dos últimos 12 meses foi de 10,67% em outubro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).