FRANKFURT (Reuters) – A inflação na zona do euro ficou ligeiramente mais alta em janeiro do que o estimado anteriormente, informou a Eurostat nesta quinta-feira, confirmando que o crescimento dos preços já deixou seu pico para trás, ainda que as pressões sobre os preços não tenham mostrado sinais de arrefecimento.

A inflação dos preços ao consumidor nos 20 países que usam o euro desacelerou para 8,6% em janeiro, ante 9,2% no mês anterior, ficando um pouco acima dos 8,5% estimados no início deste mês, quando os números da Alemanha, a maior economia do bloco, ainda não tinham sido incluídos.

Os dados ainda devem ser preocupantes para o Banco Central Europeu (BCE), já que as revisões mostram que o núcleo da inflação, ou o aumento dos preços excluindo componentes voláteis como alimentos e combustíveis, acelerou para 5,3%, de 5,2%. Os dados iniciais haviam mostrado manutenção do ritmo da inflação.

O BCE elevou os juros em 3 pontos percentuais desde julho para domar a inflação e as autoridades agora estão preocupadas com o fato de que o que foi inicialmente um aumento de preços impulsionado pelos custos de energia agora está se ampliando para impactar todos os setores.

Os mercados atualmente precificam a inflação de longo prazo em pouco mais de 2,4%, e Isabel Schnabel, integrante do conselho do BCE, já disse que os investidores ainda podem estar subestimando a persistência da inflação, já que a “desinflação ampla” ainda não começou.

(Por Balazs Koranyi)