BERLIM (Reuters) – A inflação alemã acelerou e foi a um patamar recorde em setembro, mostraram dados nesta quinta-feira, destacando as crescentes pressões sobre os preços à medida que a maior economia da Europa se recupera da pandemia e suas empresas lutam contra a escassez de oferta.

Os preços ao consumidor, ajustados para torná-los comparáveis ​​aos dados de inflação de outros países da União Europeia (UE), aumentaram 4,1% no comparativo anual, ante 3,4% em agosto, informou o Escritório Federal de Estatísticas.

Essa foi a taxa mais alta registrada desde janeiro de 1997, quando a série harmonizada da UE teve início.

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A análise dos dados mostrou que os preços da energia e dos alimentos foram os que mais subiram.

Christian Lindner, líder do Partido Liberal Democrático (FDP) –visto como favorável ao mercado e candidato a se tornar o próximo ministro das Finanças em uma possível coalizão tríplice com o Partido Social-Democrata (SPD) e os Verdes–, acessou o Twitter para pedir um retorno a uma política fiscal mais conservadora.

Ele disse que a alta taxa de inflação é outro lembrete de que os formuladores de política monetária “deveriam se concentrar em reduzir a carga para a classe média e retornar a sólidas finanças públicas”.

Sob o comando do ministro das Finanças Olaf Scholz, que está na liderança para suceder a chanceler Angela Merkel após a vitória do SPD nas eleições, a Alemanha abandonou sua política fiscal de orçamentos equilibrados e contraiu novos valores recordes de dívidas para combater a pandemia.

(Por Rene Wagner e Joseph Nasr)

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