Os custos da produção industrial na China cresceram em setembro no maior ritmo registrado em 25 anos, impactados pelo encarecimento da energia, de acordo com dados oficiais publicados nesta quinta-feira.

O Índice de Preços ao Produtor (PPI), que mede o custo dos bens ao sair da fábrica, subiu 10,7% em ritmo anual em setembro, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas.

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Esta é a alta mais expressiva desde outubro de 1996, quando o organismo começou a compilar os dados.

Em agosto, o índice já havia registrado um recorde em 13 anos (9%).

A recuperação econômica mundial provocou um forte aumento das matérias-primas, em particular do carvão, do qual a China depende para alimentar suas centrais de energia elétrica.

A situação provocou apagões e racionamento de energia em várias regiões do país, o que levou muitas fábricas a interromper ou reduzir a produção.

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Em setembro, “os preços na indústria continuaram a crescer sob o efeito do aumento dos custos do carvão e em alguns setores com um consumo intensivo de energia”, disse Dong Lijuan, do Escritório Nacional de Estatísticas.

As autoridades chinesas ordenaram recentemente o aumento da produção nas minas de carvão e pediram às empresas de energia que garantam um abastecimento adequado para o inverno (hemisfério norte).

A situação ainda não repercute nos preços ao consumidor, que subiram apenas 0,7% em ritmo anual em setembro, segundo o mesmo organismo.