A taxa de inflação acumulada em 12 meses pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está em patamar “confortável”, mas a inflação do mês de outubro mostra ligeira pressão de demanda, avaliou Pedro Kislanov da Costa, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“A gente olha mais para a inflação de serviços para ver a pressão de demanda. A inflação de serviços acelerou, principalmente pela alimentação fora de casa. Então pode ser que haja efeito de demanda, sim. Mas ainda reflete recuperação lenta e tímida da demanda”, disse Kislanov.

A taxa da inflação de serviços acumulada em 12 meses saiu de 3,59% em setembro para 3,61% em outubro. Já a inflação acumulada pelo IPCA em 12 meses passou de 2,89% em setembro para 2,54% em outubro, abaixo do piso da meta de inflação de 4,25% para 2019, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e perseguida pelo Banco Central (BC).

“A taxa em 12 meses está influenciada por uma deflação de 0,21% em novembro de 2018. Se tiver qualquer variação positiva em novembro deste ano, a taxa em 12 meses volta a acelerar”, ressaltou Kislanov.

O IPCA de outubro de 2019 foi de 0,10%, contra uma alta de 0,45% registrada em outubro de 2018.