A inflação percebida pela população idosa acelerou de uma alta de 0,50% no segundo trimestre para um avanço de 0,68% no terceiro trimestre de 2017, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade, acumulou uma alta de 3,53% em 12 meses.

Com o resultado, a variação de preços sentida pela terceira idade ficou acima da taxa de 3,17% acumulada em 12 meses pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que apura a inflação média percebida pelas famílias com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos.

Na passagem do segundo para o terceiro trimestre, três das oito classes de despesa componentes do índice tiveram taxas de variação maiores. A principal contribuição partiu do grupo Transportes, que passou de uma redução de 0,52% para uma elevação de 3,14%, sob influência da gasolina, que saiu de uma queda de 3,16% para um aumento de 11,98% no período.

As demais altas ocorreram nas taxas dos grupos Habitação (de 0,40% para 1,08%) e Educação, Leitura e Recreação (de 0,08% para 1,42%), com destaque para a tarifa de eletricidade residencial (de -2,46% para 3,80%) e passagem aérea (de -8,04% para 16,62%), respectivamente.

Na direção oposta, as taxas foram menores em Saúde e Cuidados Pessoais (de 2,70% para 1,21%), Alimentação (de -0,94% para -2,19%), Vestuário (de 1,18% para 0,62%), Comunicação (de 0,75% para 0,40%) e Despesas Diversas (de 1,16% para 0,74%). Os itens de maior impacto foram medicamentos em geral (de 3,43% para -0,23%), hortaliças e legumes (de 4,84% para -16,26%), roupas (de 1,58% para 0,82%), mensalidade para tv por assinatura (de 2,86% para 0,54%) e alimentos para animais domésticos (de 4,45% para 1,68%).