A indústria brasileira amargou quedas no faturamento, emprego e massa salarial em 2017, mas os indicadores do setor começam a mostrar reação no fim do ano. De acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 1º de fevereiro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o faturamento real (já descontada a inflação) caiu 0,2% de janeiro a dezembro do ano passado, na comparação com o ano de 2016.

No mesmo período, o emprego caiu 2,7%, enquanto o total de horas trabalhadas recuou 2,2% ante o ano anterior. Isso teve reflexo na massa salarial real, que caiu 1,9%. Já o rendimento médio real subiu 0,8% no ano.

O uso da capacidade instalada encerrou o ano em 76,2% em dezembro, ante 78,9% no mês anterior. No fim de 2016, o porcentual estava em 74,9%.

No mês de dezembro, no entanto, vários indicadores apresentaram desempenho positivo na comparação com o mês anterior, com exceção da massa salarial real, que caiu 0,6%, e do rendimento médio real, que recuou 0,4%. No último mês de 2017, o faturamento real subiu 0,2%, enquanto o emprego apresentou aumento de 0,3%. Já as horas trabalhadas subiram 0,8%.

“O aumento de 0,3% no emprego parece pequeno, mas é o maior desde 2014”, afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo. “Durante o segundo semestre, somente em agosto foi registrada queda no emprego.”

Em relação a dezembro de 2016, há aumento no faturamento de 3,2%, enquanto a maioria dos indicadores ainda apresenta queda. O emprego recuou 0,4%, as horas trabalhadas 1,1%, e a massa salarial de 0,4%. Já o rendimento médio real subiu 0,1%.