Do final do ano passado até abril, a indústria eletroeletrônica ampliou em 5, 2 mil pessoas o seu quadro de trabalhadores, de 231,2 mil para atuais 237,4 mil funcionários diretos, informa a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abnee).

Diante da situação desoladora da economia, que desemprega em todo o País um exército superior a 13 milhões de trabalhadores, isoladamente os registros de 5,2 mil pessoas, bem como a abertura total de 129,6 mil postos de trabalhos com carteiras assinadas, como ocorreu em abril, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), pode parecer pouco.

Mas em abril, a indústria elétrica e eletrônica completou o quarto mês consecutivo de abertura de empregos formais. Só naquele mês, 575 pessoas deixaram as filas do desemprego e passaram para dentro das fábrica de componentes e equipamentos elétricos ou eletrônicos.

Presidente da Abniee, Humberto Barbato, reconhece que, apesar da melhora do emprego no setor, as contratações estão ainda muito abaixo do ideal. Tanto que o contingente de empregados pela indústria elétrica e eletrônica em abril deste ano estava abaixo dos 238,3 mil trabalhadores fichados no mesmo mês do ano passado.

A questão é que as contratações estão ocorrendo de acordo com a retomada bastante lenta da economia, entremeada por períodos de ligeiras altas e baixas, como ocorreu no primeiro trimestre em que o Produto Interno Bruto (PIB) encolheu 0,20%.

“Tivemos uma queda muito abrupta no final do ano passado e as empresas estão recuperando a sua força de trabalho”, diz o presidente da Barbato. Para ele, a continuidade no número de contratações depende de uma melhor previsibilidade da economia a partir da adoção de medidas por parte do governo.