O setor industrial do Estado de São Paulo gerou 8,5 mil novos postos de trabalho em janeiro, variação positiva de 0,41% na comparação com dezembro de 2018, sem ajuste sazonal. Com ajuste, no entanto, houve queda de 0,17%. Na comparação entre janeiro deste ano com o mesmo mês de 2018, foi registrada queda de 1,88% no nível de emprego, com o fechamento de 40,5 mil vagas. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 15,pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

O 2º vice-presidente da Fiesp, José Ricardo Roriz, afirma que, para fevereiro, é esperada a criação de 3,5 mil novos empregos, com a geração de 10 mil novas vagas em todo o ano de 2019. “Esses novos postos de fevereiro devem vir pautados, principalmente, pelo setor sucroalcooleiro, em razão da entressafra, e o de couro e calçados, com a troca de coleção outono-inverno”, explicou, em nota.

O resultado de janeiro reflete o aumento de produção de veículos automotores e de máquinas, especialmente agrícolas e está acima da média esperada para o mês. “O crescimento no setor de veículos e máquinas impulsiona outros, como a indústria de plástico e borracha e nos levou a um saldo acima da média esperada para janeiro que era em torno de 3,5 mil vagas”, avaliou.

Roriz destacou a importância da reforma da Previdência para a atividade. “Temos confiança que com a reforma da previdência, o déficit público e a taxa de juros serão reduzidas. Assim, começaremos a atrair capital internacional e a incentivar investidores a tirar da gaveta seus projetos de aumento de capacidade. Vai ser uma virada de página na economia brasileira. A expectativa para o PIB é de crescimento de 2,5% em 2019”, disse.

Setores

Entre os setores acompanhados pela pesquisa, 64% apresentaram variações positivas, com 14 contratando, 6 demitindo e 2 permanecendo estáveis. Os principais destaques ficaram por conta do segmento de máquinas e equipamentos, com geração de 1.896 vagas; veículos automotores, reboque e carrocerias (1.594) e produtos de borracha e de material plástico (1.582).

No campo negativo ficaram, principalmente, produtos alimentícios (-886); impressão e reprodução de gravações (-218) e informática, produtos eletrônicos e ópticos (-209).

Regiões

Entre as 37 diretorias regionais, 23 apontaram altas. Destaque para Jaú (3,61%), com geração de 900 vagas, influenciada por couro e calçados (13,58%) e papel e celulose (9,55%); Indaiatuba (1,35%), com a criação de 1.150 postos de trabalho, por produtos de metal (4,93%) e material elétrico (5,12%).

Já das 12 negativas, Bauru liderou (-5,00%), com o fechamento de 1.650 vagas, por alimentos (-13,84%) e produtos de metal (-33,60%); São José do Rio Preto (-0,99%), baixa de 850 postos, por alimentos (-1,99%) e vestuários e acessórios (-4,36%).