Por Bernadette Christina e Fransiska Nangoy

JACARTA (Reuters) – A Indonésia suspenderá sua proibição de exportação de óleo de palma a partir de segunda-feira, após melhora na situação do fornecimento doméstico de óleo de cozinha, disse o presidente Joko Widodo nesta quinta-feira.

O maior exportador de óleo de palma do mundo interrompeu em 28 de abril os embarques de óleo de palma bruto (CPO) e alguns produtos derivados para tentar refrear os preços crescentes do óleo de cozinha doméstico.

A decisão ocorre apesar de o óleo de cozinha a granel ainda não ter recuado para o preço alvo de 14.000 rúpias por litro, já que o governo considera o bem-estar de 17 milhões de trabalhadores na indústria de óleo de palma, disse o presidente em um comunicado em vídeo.

Jokowi, como é conhecido o presidente, disse que a oferta de óleo de cozinha a granel atingiu agora um nível superior ao que o mercado interno necessita.

“O preço médio do óleo de cozinha (a granel) antes da proibição de exportação em abril era de 19.800 rúpias por litro e após a proibição o preço médio caiu para cerca de 17.200 a 17.600 rúpias por litro”, disse ele.

A Indonésia propôs a proibição das exportações do óleo vegetal como forma de controlar os preços domésticos, mas as pressões para que isso fosse amenizado aumentaram, uma vez os agricultores protestaram que não havia demanda por seus frutos de palma.

A proibição abalou os mercados globais de óleo vegetal que já estavam em dificuldade depois que a guerra na Ucrânia removeu uma grande parte do fornecimento de óleo de girassol.

O óleo de palma representa mais de um terço do mercado mundial de óleo vegetal, com a Indonésia respondendo por cerca de 60% do fornecimento de óleo de palma.

(Com reportagem adicional de Stanley Widianto, Stefanno Sulaiman e Zahra Matarani)

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