JACARTA (Reuters) – A Indonésia revisará suas cotas de exportação de óleo de palma em meio ao aumento dos preços do óleo de cozinha doméstico, informou o Ministério Coordenador de Assuntos Marítimos e de Investimentos.

A Indonésia impõe a chamada Obrigação do Mercado Doméstico (DMO) sobre o óleo de palma, segundo a qual as empresas podem exportar somente depois de terem vendido uma parte de sua produção no mercado doméstico.

O governo regula o preço do óleo de palma vendido sob o esquema DMO, que é canalizado para um programa de óleo de cozinha barato.

As autoridades também revisarão o preço definido para o DMO, segundo o comunicado divulgado na noite de segunda-feira. Sob o DMO, o preço do óleo de palma bruto está atualmente limitado a 9.300 rupias (0,61 dólar) por quilo, e o preço da oleína é limitado a 10.300 rupias.

Atualmente, a Indonésia permite que as empresas exportem seis vezes o volume que venderam para o mercado interno.

A Indonésia, maior produtor mundial de óleo de palma, suspenderá algumas licenças de exportação de óleo de palma existentes até o final de abril, disseram autoridades na segunda-feira, já que os exportadores acumularam grandes cotas para remessas desde o final do ano passado.

No entanto, as autoridades disseram que as empresas podem obter cotas adicionais de exportação se abastecerem o mercado doméstico.

O grupo industrial Indonesia Palm Oil Board reiterou na terça-feira que as empresas de óleo de palma tinham pouca urgência em aumentar suas vendas de DMO para garantir a cota de exportação devido à fraca demanda por suas exportações e altas taxas de exportação.

“O imposto de exportação de 52 dólares por tonelada deve ser suspenso até depois do Eid al-Fitr”, disse o presidente Sahat Sinaga a repórteres, de modo que as empresas de óleo de palma foram encorajadas a exportar e, por sua vez, aumentar seu cumprimento de DMO para garantir mais cotas de exportação.

O contrato de óleo de palma de referência na Malásia subiram mais de 2% na terça-feira após a movimentação na Indonésia.

(Por Bernadette Christina Munthe; Escrito por Fransiska Nangoy)

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