Por Rozanna Latiff

KUALA LUMPUR (Reuters) – A Indonésia cancelou um plano para enviar seus cidadãos para trabalhar em plantações de palma na vizinha Malásia, que enfrenta escassez de mão de obra, disse um representante indonésio em Kuala Lumpur nesta terça-feira.

A Malásia, segundo maior produtor de óleo de palma do mundo, deveria receber a primeira grande leva de trabalhadores migrantes da Indonésia desde a reabertura das fronteiras em um impulso para a indústria que enfrenta uma escassez de mais de 100 mil trabalhadores.

O problema de mão de obra reduziu a produção de óleo de palma da Malásia, que depende de mão de obra estrangeira, para mínimas de diversos anos, em um momento em que o mundo enfrenta uma escassez mais ampla de óleo vegetal devido à guerra Rússia-Ucrânia e restrições de exportação na Indonésia, maior produtor.

Na noite de terça-feira, 164 trabalhadores da ilha de Lombok, na Indonésia –país de origem preferido da indústria devido a semelhanças de clima e terreno–, deviam chegar a Kuala Lumpur em um voo fretado, disse Hermono, embaixador da Indonésia na Malásia, à Reuters.

Mas uma agência indonésia responsável pela proteção dos trabalhadores migrantes cancelou o processo de recrutamento e não permitiu que os trabalhadores voassem, disse o representante.

“Talvez haja um mal-entendido sobre a regulamentação da Malásia no processo de emissão da permissão de trabalho. Dei minha recomendação e garanto que todos os trabalhadores obterão a permissão de trabalho assim que passarem no exame médico na Malásia”, disse ele.

(Texto de Mei Mei Chu e A. Ananthalakshmi)

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