A floresta amazônica não combina com silêncio. Nas últimas décadas, o som que mais se escuta no local é o rugido das motosserras devorando a mata. Mas isso tende a mudar. Os Tembé, tribo que vive na fronteira entre o Pará e o Maranhão, encontraram apoio na empresa de monitoramento ambiental Rainforest Connection. Por meio de celulares antigos, alimentados por placas solares, é possível captar e registrar os sons da floresta num raio de até 1 km. Um sistema de inteligência artificial aprendeu a distinguir sons de motosserras, caminhões e outras fontes sonoras estranhas à floresta. Ao identificar um barulho suspeito, o sistema emite um alerta para a tribo.

(Nota publicada na Edição 1115 da Revista Dinheiro)